top of page

Mercado do boi no RS: pressão da indústria e aposta nas fêmeas

  • Foto do escritor: IGOR VIEIRA
    IGOR VIEIRA
  • 17 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de out.

indústria e pecuária
A indústria puxa a corda e o produtor não pode perder o fio da meada

Quem acompanha o mercado sabe: setembro é sempre um mês de aperto. Os dados mais recentes do NESPro/UFRGS (17/09) confirmam esse cenário.


O boi gordo a peso vivo até respirou um pouco, com alta de 0,9% e média de R$ 10,60/kg. Mas quando olhamos para o rendimento de carcaça, o humor muda: o boi caiu 0,5% e a vaca recuou 0,8%.


Na prática, isso quer dizer o seguinte: os frigoríficos estão puxando a corda. E por que conseguem fazer isso agora? Simples. Muita gente está liberando as pastagens de inverno para dar espaço à lavoura. A oferta de gado terminado aumenta, e o comprador escolhe com calma — sempre pedindo desconto.


Reposição: olho vivo nas fêmeas

Se no gado gordo a indústria tem a força, no mercado de reposição quem brilhou foram as fêmeas. As terneiras subiram 5,0% e as novilhas, 6,2%.


Em números, isso significa médias de R$ 11,46/kg e R$ 10,89/kg, respectivamente.

Esse movimento não é por acaso.


Quando a procura por fêmeas aumenta, é sinal de que há confiança no futuro: mais matrizes no rebanho, mais segurança lá na frente.


Já os machos sentiram pouco: queda de 0,5% nos terneiros e 0,3% nos novilhos. Nada preocupante. O mercado segue estável nesse ponto.



O que o produtor deve enxergar nesse momento

É aqui que entra a leitura prática:

  • Se você está vendendo boi gordo agora, vai ter que negociar com frigorífico sabendo que eles têm a faca e o queijo na mão. Aceitar preço mais baixo pode ser ruim para a margem, mas evita estourar o custo de manter o animal por mais tempo.


  • Se a ideia é repor, especialmente com fêmeas, o recado do mercado é claro: quem investir agora pode colher resultados interessantes adiante.



O fio da meada

O mercado gaúcho mostra duas caras: no curto prazo, a indústria pressiona e aperta as margens. No médio prazo, há espaço para confiança, principalmente no investimento em fêmeas.


No fim das contas, é aquele velho equilíbrio que todo pecuarista conhece: segurar quando dá, vender quando precisa e olhar sempre dois passos à frente.


industria em números

TERMOS TÉCNICOS:

  • PV (peso vivo): preço pago pelo animal vivo, em pé.

  • PC (peso carcaça): preço pago pelo animal já abatido, considerando apenas a carcaça.

  • Reposição: compra de animais jovens para engorda ou reprodução.

  • Carcaça: parte aproveitável do boi depois do abate.


ATENÇÃO:Esses números mostram tendência, mas cada um tem sua realidade. Custos, manejo e planejamento pesam tanto quanto a cotação.


Fonte: NESPro/UFRGS – Pesquisa semanal de preços do gado gordo e de reposição no RS (17/09/25).


PATROCÍNIO:

ree

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
logo Mídia Campo branco

Mídia Campo Marketing e Notícias para o Agro

(51)999011484

bottom of page